De tempos a tempos, surge quase que a rebate da consciência, a vontade de mexer em interesses instaladas e a realizar as reformas prometidas, quase que já diagnosticadas em surdina, mas que a fé da sua própria concretização, esbarra com a quase certeza de que não podem, nem as deixam acontecer.
A vontade política, essa, alinha-se sempre do lado do possível e realizar num espaço de compromissos e de interesses imediatos e complexos, tal como a emergência de uma sociedade que está em mudança e em colisão frontal com práticas e zonas de conforto que já não o são.
Cada vez mais, são crescentes os indícios de que a sustentabilidade económica e social de quase tudo está em causa e aqueles que se julgam a salvo, mais parecem estar em negação do que convencidos que anteriores estratégicas e conhecimento os retira destes novos perigos.
Nesse doce espaço de conforto que é o de equilíbrio económico e a estabilidade social é possível repartir qualidade de vida e, mesmo assim, criar escalas de valor para os diferentes atores. Desconfio que já não será assim e parece ser quase evidente a necessidade de mudar a estrutura de um Estado que já consome não apenas o que projeta, mas mais, muito mais, do que seria adequado até para o seu conforto.
Neste espaço atual que vivemos, estranho é dizer que a vontade política e a luta partidária está tão distante da ideia de que liderar é um serviço, da existência de um bem público e dos valores de partilha, colaboração e sociedade que, temo, teremos mesmo que reiniciar processos e retornar para os clássicos para recuperar a razão
Tal como os banqueiros, os professores e os políticos (entre muitos outros), os conselhos da sua (nossa) ignorância são os mais básicos e aqueles que, já agora, não justificam a sua existência e muito menos tornam o nosso tempo, um tempo sustentável
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A vontade política, essa, alinha-se sempre do lado do possível e realizar num espaço de compromissos e de interesses imediatos e complexos, tal como a emergência de uma sociedade que está em mudança e em colisão frontal com práticas e zonas de conforto que já não o são.
Cada vez mais, são crescentes os indícios de que a sustentabilidade económica e social de quase tudo está em causa e aqueles que se julgam a salvo, mais parecem estar em negação do que convencidos que anteriores estratégicas e conhecimento os retira destes novos perigos.
Nesse doce espaço de conforto que é o de equilíbrio económico e a estabilidade social é possível repartir qualidade de vida e, mesmo assim, criar escalas de valor para os diferentes atores. Desconfio que já não será assim e parece ser quase evidente a necessidade de mudar a estrutura de um Estado que já consome não apenas o que projeta, mas mais, muito mais, do que seria adequado até para o seu conforto.
Neste espaço atual que vivemos, estranho é dizer que a vontade política e a luta partidária está tão distante da ideia de que liderar é um serviço, da existência de um bem público e dos valores de partilha, colaboração e sociedade que, temo, teremos mesmo que reiniciar processos e retornar para os clássicos para recuperar a razão
Tal como os banqueiros, os professores e os políticos (entre muitos outros), os conselhos da sua (nossa) ignorância são os mais básicos e aqueles que, já agora, não justificam a sua existência e muito menos tornam o nosso tempo, um tempo sustentável